Poeira acumulada

Escrito por Thiago de Paula Cruz

Foto de Alan Levine.

Poeira acumulada

Há poeira no sapato do peregrino;
Cada grama de terra tem o sofrimento
De calor escaldante que inflama seu peito
E do frio congelante em seu sangue fino.

Recostando a cabeça em pedras sem mimo,
O jovem peregrino jamais fica cheio
De saudades do mundo, pois é só um meio,
Uma estrada cansada de muitos perigos.

Pensando em seu destino, sua face se alegra
E o seu coração canta em felicidade
Enquanto se lembra de um lar com saudade.

Não pode descansar! Sua jornada não cessa.
Não há montanha ou rio que lhe dê saciedade;
Por isso busca a fonte da Antiga Cidade.

 

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